sexta-feira, 3 de julho de 2009

E o marketing?


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O clube mais popular do Brasil contrata Adriano, um dos grandes jogadores do futebol mundial. Junte a isso uma tão falada e anunciada mudança de material esportivo e patrocínio. Esses são belos ingredientes para quê? Uma bela campanha de marketing.

Não se pode dizer que foi um primor de criatividade, mas o Flamengo fez sim uma campanha, que pôde unir sua torcida à seu "novo ídolo" e à nova empresa que estampará sua marca nos uniformes da equipe (Olympikus). Algo simples. Um site em que os torcedores escolheriam qual seria o número da camisa de Adriano, entre 9 e 10, com uma frase justificando tal escolha, assim que a Olympikus entrasse em vigor (1º de Julho). Antes disso, "o Imperador" ficaria usando números bizarros nas costas.
Campanha feita, número 9 escolhido, Adriano desfilando com a camisa nova na apresentação do novo parceiro rubro-negro, tudo certo.

Tudo certo? Não. Adriano simplesmente disse que quer jogar com a camisa número 10 pois esta o traz mais sorte. Mas e a "bela campanha de marketing", e o novo parceiro, e as pré-vendas de camisa? Já sei! Usa a camisa 9 nos primeiros jogos pra dar uma satisfação aos otários que participaram da promoção e à todos os outros torcedores, e depois você coloca a 10 que tanto quer. Resolvido!

Resolvido uma ova! Isso é um desrespeito e mais uma confirmação da bagunça que impera no reino da Gávea. Adriano poderia ter dito que queria jogar com a camisa 10 assim que foi contratado. Não haveria problema. Praticamente qualquer grande jogador que chega num novo clube faz isso. Inventariam outra campanha de marketing. Mas agora, com tudo feito, ele resolve que quer a camisa 10? Logo ele que anda meio sem moral devido à ausências e atrasos em treinos (isso não vem ao caso, apesar de ser outro desrespeito).

Até aí ok. Bastaria a diretoria falar para ele que não seria possível jogar com a 10 por tudo que foi feito etc. Que ele jogaria com a 9 quisesse ele ou não. Mas o que acontece? A "exemplar" diretoria rubro-negra tenta passar a mão na cabeça e inventa a ideia citada acima de jogar alguns jogos com a 9 para dar satisfação e depois jogar com a desejada camisa 10.

E tem mais. Apesar de tirar a camisa com um ponto de interrogação e exibir outra com o número 9, o departamento de marketing alegou que ainda não sabe a porcentagem da promoção.

Uma pena que uma diretoria haja assim, pensando em um jogador e preterindo uma nação de torcedores.

Obs: Só queria deixar claro que não acho uma simples mudança de número algo tão relevante. O que está em questão aqui é o que envolve tudo isso.

3 comentários:

Thiago Reis disse...

Concordo com tudo o que foi dito...é uma diretoria realmente muito amadora!

Unknown disse...

Acho q ao inves de dar importancia a camisa de um jogador, vcs podiam falar sobre a libertadores!!!

Blog bairrista é foda, olhem o mundo ao redor e se rendam a uma das competições mais importantes do mundo. ZEEEEERO!

Unknown disse...

Cara, eu acho que vc não leu o texto. Não tem nada a ver com número. Tem a ver com o que envolve isso tudo. E estamos falando o time mais popular do país.

É claro que a Libertadores é muito importante, mas até agora ele vinha sendo um pouco ofuscada pela Copa do Brasil. Agora ela terá a importância que merece.