terça-feira, 25 de agosto de 2009

Mensagem ao torcedor do Fluminense

Torcedor tricolor, hoje seu time é último colocado no Brasileirão e as perspectivas não são boas. O time não é bom, a sorte parece que não ajuda e as rodadas vão passando. Aí você, que é torcedor de verdade do Flu, vai pensar: o que fazer?

Eu te digo, a única coisa que pode ser feita agora é apoiar o time. Lotar o estádio pra tentar fazer um time que não é bom vencer jogos. Empurrar o time, ter paciência, cantar, jogar junto. Ou você acha que míseras 10 mil pessoas no imenso Maracanã, que vão apenas para vaiar e reclamar, vão ajudar o time? O que você quer é ajudar seu time, não importa o que tiver acontecendo, ou apenas reclamar? Você quer apoiar o time quando ele já estiver bem, ganhando jogos? Aí é que não precisa. Você, torcedor, é que pode dar a confiança, inexistente no momento, aos jogadores do seu time.

Você vê o exemplo dos times grandes que caíram e depois subiram. Pode se prender mais aos casos de Corinthians e esse ano do Vasco. As torcidas lotando o estádio na série B. Assim como vocês mesmos, torcedores tricolores, lotaram o Maracanã na série C. Sabe por que? Porque apoiar na série B e na série C é fácil. O time tá ganhando, você vai no estádio quase que pra ver de quanto vai ganhar e todo mundo fala que é legal "mostrar o amor ao clube". Mas mostrar amor ao clube é apoiar quando ele está mal. E estar mal é quando está perdendo, caindo pelas tabelas, e não quando está na série B ganhando e já recuperado do trauma.

O que a torcida do Vasco tem feito é legal, claro, mas nao é nada de mais. Deveriam ter feito isso ano passado, antes de cair. E não é lotar o estádio. É lotar para apoiar e empurrar o time. Essa história de que a série B faz bem pro time pode até ser verdade, mas isso acontece porque a torcida só apoia quando o time está ganhando. Se o pensamento da torcida mudar, essa ideia distorcida de que a série B faz bem vai acabar.

Torcida tricolor, ainda há tempo. E isso vale também para as outras torcidas, seja no objetivo de não cair, de Libertadores ou de título. Apoiar sempre!

sábado, 15 de agosto de 2009

O valor da Copa Sulamericana

Eu torço pra um time na Europa chamado Lazio. É um time italiano, de Roma, com média expressão na Itália e pouca expressão na Europa. Já conquistamos dois títulos italianos em duas boa épocas do time. Uma na década de 70 e outra no final da década de 90. Hoje a Lazio vive uma grande crise financeira e não vem fazendo boas campanhas no Campeonato Italiano.

Na última temporada conseguimos, à duras penas, uma vaga na segunda principal competição da Europa, a Copa Europa (ex-Copa da UEFA). Essa vaga veio por causa do inacreditável título da Copa da Itália. Nessa temporada quase não vieram reforços, por isso tenho que admitir que brigar no topo da tabela no Italiano será praticamente impossível. Mas estamos na Copa Europa! E mesmo com um time não tão forte, acredito no título. O time é competitivo e é um torneio que favorece supresas. E só perde em termos de importância na Europa para a Liga dos Campeões.

Nunca ouvi na Europa questionarem a importância da Copa da UEFA. Ser campeão da Copa da UEFA dá bastante status ao time, além da ótima adição financeira. Eu, como torcedor da Lazio, coloco minha fichas na Copa Europa. Claro que quero que meu time vá bem no Italiano, mas se tiver caminhando bem na competição europeia, aceito uma campanha digna na competição nacional.

E por que eu estou falando isso? O título do post tá errado? Não! Apenas substitua alguns nomes no meu texto anterior e pense. Troque "Lazio" por "Fluminense", "Botafogo", "Goiás", "Vitória", "Coritiba" ou "Atlético-PR". Troque o Campeonato Italiano pelo Brasileiro. Troque a Liga dos Campeões pela Libertadores. E troque a Copa Europa (ex-Copa da UEFA) pela Copa Sulamericana.

Agora pense no valor nossa segunda competição mais importante do continente.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Tô maluco?

Se você é aquele torcedor que pouco acompanha o Campeonato Brasileiro, ou teve que ficar um período fora e está retornando apenas agora, não se considere um maluco ao olhar para os técnicos dos times brasileiros.

Sabe o Ney Franco, que dá última vez que você olhou estava no Botafogo? Pois é não está mais, agora ele está no Coritiba? Ué mas no Coritiba não era o Rene Simões? Pois é era...agora ele está na Portuguesa. Querem mais exemplos? (Como mudam esses times )


Vagner Mancini era do Vitória no começo do ano, saiu do time baiano e foi para o Santos, onde ele está agora? No mesmo Vitória. (Está difícil não ficar maluco né?)

Esse mesmo torcedor ao analisar essa dança dos técnicos perguntaria: Um time tenho certeza que não mudou, o São Paulo com o Muricy, certo? Errado meu caro. Hoje ele é do Palmeiras. E o Luxa? Do Santos... (Agora ele pirou de vez!)

E assim vai a profissão que tem o menor índice de desempregados no País. Hoje, um "professor", termo que os jogadores gostam de utilizar, não recebe menos de dois salários. Pelo menos um do seu time antigo e um do atual.

Talvez aqui esteja um dos motivos do mercado dos técnicos estar tão inflacionado. Eles sabem que não ficarão mais de um mês desempregados. A não ser que assim queiram.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

À beira do abismo

A campanha do Fluminense é de deixar o maior dos otimistas de cabelos em pé. Com dezesseis rodadas completas o time tem apenas onze pontos (duas vitórias), é a pior campanha da história dos pontos corridos.

Ano passado, o discurso de que o time era bom, mas a derrota na final da Libertadores havia colaborado para o fracasso no Campeonato Brasileiro, até podia ser considerado como válido.

Mas esse ano o time não é bom. A Unimed (verdadeira presidente do Tricolor) adota o politica do "está ruim? contrata!". Jogadores prata da casa e que sempre fizeram bons trabalhos nas divisões de base, praticamente não tem vez. Roni, Rui, Marquinhos, Diguinho... entre outras contratações para a temporada, nem são jogadores ruins, mas deve-se pensar antes em formar um time. E na baderna que hoje se transformou o Fluminense, fica difícil.

Thiago Neves, mesmo após fazer um péssimo Campeonato Carioca, continuou no time sem se pensar no seu futuro substituto.

Parreira foi demitido há pouco mais de um mês e já fala-se em contratá-lo como coordenador técnico. Juntamente com Branco, que lá esteve até 2008.

Espinosa (alguém sabe a última boa campanha dele como técnico?) chega para auxiliar Renato Gaúcho. A direção alega que é pra dar mais experiência. Ora, se é pra dar mais experiência, que contratasse então um técnico mais experiente...


O Tricolor Carioca parece um navio totalmente à deriva, sem rumo. Deuses do futebol podem por acasos do destino, colacá-lo no caminho certo, mas parece algo muito improvável.

Uma mudança drástica na forma de gerir o clube seria essencial hoje. O Fluminense é um exemplo bem prático de como apenas ter dinheiro de nada adianta se não houver uma boa gestão.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Isso é torcer?

Mais uma vez o Prancheta abre espaço para um ótimo texto de outro blog. Neste caso é o blog do Mauro Cézar Pareira, da ESPN Brasil.
Eu resolvi expor este texto aqui pois concordo quase integralmente com ele e porque a forma do povo brasileiro torcer realmente me incomoda. E vale lembrar que este não é o primeiro post do Prancheta que fala sobre a arte de torcer. Segue o texto do Mauro na íntegra:

"Esqueçam os grupos organizados que têm filosofias específicas, como torcer todo o tempo, nunca vaiar, coisas assim, embora até mesmo essas facções caiam na tentação da vaia fácil. Observe, sim, o comportamento do torcedor em geral, que vai aos estádios brasileiros. Cada vez mais se acentua uma característica negativa, que derruba qualquer time: os caras vão aos jogos para reclamar, vaiar.

Leonardo Moura evidentemente exagerou ao xingar ante as câmeras de TV ao empatar o jogo com o Náutico. Poderia ter feito como Juan, que em situação idêntica marcou para o Flamengo sobre o Vitória e protestou em silêncio. Ele não comemorou. Leo Moura havia feito isso contra o Atlético Mineiro, três dias antes. Ou seja, vem sendo vaiado não é de hoje. Domingo ultrapassou o limite.

Mas e a tal voz da arquibancada, não teria ultrapassado o limite? Veja que o lateral rubro-negro marcou nos dois últimos jogos, participou dos lances que originaram os tentos na virada sobre o Santos e é, no campeonato, o atleta do Flamengo que mais desarma. Ou seja, mesmo sendo muito ofensivo, no time Leonardo Moura é quem mais toma a bola dos adversários.

Sim, ele ainda pode render mais. Mas será que tem jogado tão mal assim? Claro que não, a pior fase do jogador, na realidade, até já passou, mas as vaias não. Tal comportamento é comum e não se trata de exclusividade desta ou daquela torcida. E evidente que esse post terá muitos comentários do tipo "a torcida do meu time não é assim, ela é diferente". Antecipadamente discordo.

No Sul, os torcedores do Grêmio, que adeririam à moda argentina de torcer (e no país vizinho durante o jogo só se empurra o time, sempre) foram capazes de levar faixas contra Celso Roth até que ele fosse demitido. E com o contestado técnico o time já construia a melhor campanha da fase de grupos da Libertadores deste ano. Vá entender.

Na Vila Belmiro, é comum o comportamento irritadiço de torcedores que esperam dos jogadores em campo desempenho digno de Pelé & Cia. Não por acaso o estádio ficou famoso pela "chuva" de chinelos que atiravam o gramado. E o alvo não era apenas o pessoal do time visitante. A onda só parou devido às punições do tribunal, mas a impaciência do público segue a mesma.

No Palestra Itália a Turma do Amendoim reclama de tudo e de todos mesmo com o jogo em andamento e o Palmeiras em dificuldade. Em partidas ruins do time, há quem se comporte assim quando o São Paulo vai a campo no Morumbi, mesmo com a vitoriosa fase do clube, entre outros exemplos diversos. Claro que há trégua quando tudo vai bem e a equipe vence, ganha títulos.

Mas a impaciência e a implicância caracteriza o torcedor brasileiro. Não todos, claro, mas não são poucos. Essas pessoas não percebem que, assim, atrapalham o próprio time de coração. Precisam aprender a esperar o final do jogo para então protestar, se as coisas forem mal. Com bola rolando, o torcedor deveria apenas torcer, apoiar, como fazem os argentinos. Ou ficar em casa."

sábado, 1 de agosto de 2009

Fenômeno brasileiro!

Você, brasileiro, que está lendo este texto agora saiba que está tendo a oportunidade de vivenciar o maior nadador brasileiro da história. Um fenômeno que já fez o suficiente pra conquistar esse status e ainda poderá fazer muito mais. Vale lembrar que ele tem apenas 22 anos e já conquistou um bronze e um ouro olímpico (em Pequim 2008) e dois ouros no Campeonato Mundial (Roma 2009). E outro fator que o torna especial é o fato de nadar duas provas tradicionalíssimas, que são 50 e 100m livres.

Uma questão importante também é ele ter chegado no topo nas Olimpíadas de Pequim e ter conseguido não só se manter no topo como ainda melhorar seu desempenho. E ter feito a "dobradinha" (vencer os 50m nas Olimpíadas e Mundial em sequência) o coloca num ról de poucos grandes nadadores da história.

Muitos vão dizer que ele é fabricado nos Estados Unidos (pois treina na Universidade de Auburn e lá se tornou o grande nadador que é). Sim, é verdade, ele foi buscar treinamento onde achou que fosse o melhor pra ele. Muitos atletas de esportes individuais fazem isso. O fato é que ele é brasileiro, não importa onde treine. Um médico brasileiro que se forme em uma universidade de fora do Brasil, por exemplo, não vai deixar de ser um representante do talento brasileiro.

Agora temos que reverenciar César Cielo Filho pelo que ele já se tornou e torcer para que surjam muitas outras conquistas! Um novo ícone para o esporte brasileiro!