terça-feira, 25 de novembro de 2008

Raquetadas do Prancheta


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Muito tem para se falar hoje, tanto sobre a Master Cup quanto sobre a final da Copa Davis.


Vamos começar pela Master Cup. Depois de vários ano seguidos chegando ao menos na final (ganhou em 2006 e 2007) Roger Federer na alcançou nem a semi-final. Na sua chave o britânico Andy Murray se classificou em primeiro e o francês Gilles Simon em segundo. Federer teve a chance de passar para a semi-final. Precisava ganhar o último jogo do britânico Murray. Foi um jogão, mas no final Murray venceu e terminou a fase classificatória invicto e ajudou Simon a se classificar para a semi-final. Na outra chave, Djokovic se classificou em primeiro. O russo Davidenko e o argentino Del Potro se enfrentaram na última rodada decidindo que iria para a semi-final. O russo levou a melhor. Nas semi-finais, Davidenko, de forma surpreendente derrotou Murray e Djokovic passou pelo francês Simon.

O ano acabou assim como começou. O sérvio Djokovic que havia ganhado o primeiro título importante do ano, o Australian Open, também levou o último título importante do ano, a Master Cup ao vencer Davidenko na final elevar para casa um “chequezinho de um milhão e trezentos mil dólares. Bom né?


Já na Argentina....

Era a grande chance da Argentina ganhar sua primeira Copa Davis. Jogava em casa, com todos os seus principais jogadores. A Espanha estava sem Rafael Nadal, número 1 do mundo que não conseguiu se recuperar de uma lesão. Inicialmente o único mal-estar foi gerado semanas antes da final por David Nabaldian. A cidade escolhida da final foi Mar Del Plata. Nabaldian queria que fosse em sua cidade natal, em Córdoba, achava que as condições poderiam favorecer ainda mais aos argentinos. Ameaçou não jogar. Mas não adiantou de nada.

Então vamos ao que aconteceu. Por sinal, acompanhei os jogos na Argentina, não no local do jogo infelizmente, mas em Buenos Aires.

No primeiro dia, na sexta-feira, primeiro dia de jogo, Nabaldian deixou o mal estar de lado pelo fato de jogar em Mar Del Plata e não tomou conhecimento de David Ferrer. No segundo jogo começou a frustração argentina. Dessa o espanhol Feliciano Lopez que não tomou conhecimento do jogador número 1 da Argentina, Del Potro, e também passou fácil. Havia comentando anteriormente que Del Potro poderia ter problemas pelo fato de sair de Paris, ir para Shangai para a Master Cup e depois para a Argentina para a Copa Davis: final: não aguentou a final de temporada e não teve condições de jogar mais o outro jogo.

No dia seguinte, no sábado, os jogos de duplas, a imprensa Argentina já criticava o capitão portenho pela escolha de Nabaldian e Calleri para o jogo. Os dois nunca tinham jogado juntos. O detalhe dessa partida foi o terceiro set. O jogo estava empatado em um set para cada equipe, a Argentina vencia o tie-break tranquilamente por 5x1 e ainda tinha direito a mais um saque quando a casa caiu. A Espanha virou na raça com Feliciano Lopes e Fernando Verdasco. Numa final de Davis com um placar desse, uma equipe não pode dar essa bobeira. A Espanha se aproveitou e ganhou o 4º set e foi para o domingo precisando de apenas uma vitória. A imprensa argentina não perdoou o capitão e criticou bastante a escolha da dupla. Nabaldian causou mais um mal-estar, saiu de quadra triste e não quis dar entrevista. E para piorar Del Potro realmente não teria condições de jogo.

No domingo - Até então, minha torcida era pela Argentina, acordei no domingo torcendo para que pela primeira vez um país sul-americanos ganhasse a Davis. Bem, torcia até fazer o "check out" e a recepção do hotel me falar que eu teria que pagar 32 pesos (22,8 reais) por 4 águas supostamente bebidas. Detalhe: comprei água na rua elevei para a rua. Bem, foi o suficiente para passar minha torcida para a Espanha. Acasuso entrou no lugar de Del Potro e jogou contra Fernando Verdasco, que entrou no lugar de David Ferrer.

Andando por Buenos Aires em qualquer lugar que eu passava e tinha um televisão, lá se via a final, até no botequim mais furreca. A tarde, ao saí do hotel em direção ao aeroporto com o argentino ganhando por 2 sets a 1 e o espanhol prestes a fechar o quarto set. Acasuso já parecia visivilmente cansado. E fui para o aeroproto escutando a final pelo rádio, isso mesmo, rádio lá transmitia jogo tênis. Era visível a frustração do locutor com a situação de Acasuso. Não deu outra, no quinto set vitória fácil de Verdasco por 6x1. Festa eapanhola e decepção argentina.

Terminei o dia um pouco menos triste após ter 32 pesos "roubados" de minha carteira.

7 comentários:

Lucas disse...

oi! quer fazer parceria com meu blog?

Thiago Reis disse...

Gostaríamos sim Lucas.

Como seria a parceria?

Unknown disse...

Essa final foi incrível!
A Espanha é incrível no tenis. Sempre surgem talentos novos qdo vc menos espera.

Rodrigo Gomes disse...

Bruno, esses caras não são novos não, já estão no circuito há um tempinho. É claro que Nabaldian era favorito e Del Potro vinha de um segundo semestre sensacional. Talvez se eles tivessem jogado no saibro teriam se saído melhor. Mas vacilaram!!!

Unknown disse...

Sim, eu sei q nao sao novos. Nao estou falando desses.
Foi apenas um comentário. E é verdade. Já viu como brotam grandes jogadores da Espanha?

Thiago Reis disse...

A Argentina fugiu do saibro para fugir do Nadal, só que esqueceram de combinar com o Nadal, já que ele não jogou. Rs

Rodrigo Gomes disse...

A Argentina tinha em mente que poderia fugir do Nadal jogando em quadra rápida, além de ter em Nabaldian em grande jogador nesse tipo de piso. Nabaldian até fez a sua parte, o problema foi o restante da equipe.